Bipolaridade Sentimental





Se complico ou simplifico em nenhuma me revejo
A história que conto não é minha
Mas atiras-me com toda a força
Bato no chão, vou de cara, fico de rastos
Sei que estou vermelha, muito mais de raiva que de dor
O amor é como uma ampulheta e tanto te amo, como te odeio,
Depende do sentido que a esta lhe dás.

Sinto-me perdida, talvez nunca me tenha sentido orientada para algo,
O barco balança e segue para o vazio,
Talvez depois da linha do horizonte encontre algo, talvez não,
Parece a promessa do fim do arco-iris, o pote cheio de ouro que nunca aparece

Só quero fugir e encontrar-me... Mas a procura deixa-me exausta,
Perco a força e deslizo pela parede
A parede que me segura e me aprisiona,
É antagónico, porque procuro amarras que me libertem
A liberdade nunca pode estar numa prisão

Neste balançar perco o sentido e sinto a falta do teu abraço
O mesmo que me aprisiona e impede de ir,
O mesmo que me segura quando quero desistir

A bipolaridade sentimental.... como seria bom quebrar o laço!

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